Iacoe Michaela
Sentimentos, Poesias, Cronicas
Textos
Interrogative
Il tavolo, gli occhiali, carta e penna
      ma niente ispirazione.
Dove sorge il poema? Le sue porte
davanti a me si chiudono e io tento
invano di forzarle
                         e mi ferisco.
Donde viene il poema?
Dall’indissimulàbile dolore
      che mi trascino appresso?
Dall’incontro d’amore: la parola
e la copula sempre conviventi?
O da un’intima luce che trapela
      da una fenditura
                           lungo il muro?
Da dove sgorga il sangue del poema,
da un utero o un equivoco,
da una nebulosa casuale
      aggregazione?
È un parto – il grido – o un gioco?
Come nasce il poema?
      Nasce per gravità,
per vanità, imprudenza, o per un atto
      di volontà?
Discende dallo spirito o risale
      dalla materia,
rifluisce dal cuore o dalla mente?
É un rifugio sicuro o una finzione?
É progetto, sudore o solo un fiore?
E tutto ciò rimescola e ritrae
      la creatura
      che s’erge a creatore?
Non so, sono confuso
tra calici svuotati ed ubriaco
      di poesia...
E supplico il dio sconosciuto
che dal poema trovi una rispos.

Tradução

INDAGAÇÕES


A prancha, o papel, os óculos, a caneta.
E a inspiração não vem.

Donde surge o poema?
De que portas que se fecham
e que tento arrombar,
ferindo-me nos escombros?
Ah! donde vem o poema?
Da indisfarçável dor que carrego nos ombros?
Do encontro, da cópula,
do amor das palavras,
umas levando a outras em livre contubérnio?
Ou de uma luz interna,
que pinga pelas brechas, pelas trincas do muro?

Donde sangra o poema?
De um equívoco? de um útero?
de algum nebuloso agregado de acasos?
De que nebulosa?
É um parto? um jogo? um grito?

De onde desce o poema?
Nasce por gravidade?
por leviana vaidade?
por ato de vontade?
Desce do espírito? sobe da matéria?
Flui do coração
ou da mente?
É tijolo que se acrescenta
ou mera imitação?
É suor, cálculo ou flora?
É tudo isso em mistura,
retrato da criatura
que em criador se arvora?

Não sei.  Só sei que tonta,
perdida em meio às taças,
bebo os álcoois do poema.
E suplico ao Incógnito
que, indagando do poema,
de mim ache a resposta.
Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 12/03/2017
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