Iacoe Michaela
Sentimentos, Poesias, Cronicas
Textos
Nomenclatura
Nas escolas ou mesmo na academia (universidade) há uma espécie de controvérsia em relação ao ensino da nomenclatura da língua portuguesa. Há aqueles que não valorizam o seu ensino, mas será que negar a relevância de um conjunto de termos peculiares a uma arte ou ciência é mesmo o caminho?

Por que a maioria das pessoas, não importa a idade ou mesmo a profissão, não consegue acentuar todas as palavras na redação de um texto mais formal? Não seria porque desconhecem as regras de acentuação e também porque ignoram muitos dos termos que as compõem?

É de suma importância valorizar e conhecer a nomenclatura da língua utilizada na escrita. Saber o que é uma oxítona, uma paroxítona, uma proparoxítona, um ditongo, um hiato, sem torcer o nariz. Afinal, como acentuar assertivamente sem se apropriar de tais conceitos?

Veja, acentua-se o segundo elemento do hiato, quando este for “i” ou “u” tônico (sa-ú-de, des-tru-í-lo). Todas as paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas (relatório, infância). Essas são apenas duas das regras, mas sem conhecer a nomenclatura, acentuar uma palavra em uma redação se torna um ato desprovido de reflexão.

O exercício da medicina seria possível sem a sua interminável nomenclatura? Como descrever o mal que acomete um ser humano sem conhecer os inúmeros termos da anatomia humana? É possível ser um médico sem o conhecimento dessa intrincada nomenclatura? Seja de células, tecidos e órgãos?

Há um certo fundamentalismo vigente e perigoso contra o ensino da nomenclatura em nosso país. É um pequeno cisco no olho, infelizmente capaz de esconder uma montanha.
Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 02/04/2017
Alterado em 20/12/2017
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